O CEO Lucio Winck chama atenção para um fenômeno curioso: personagens esquecidos estão voltando ao centro das campanhas de marketing. Stitch, de “Lilo & Stitch”, por exemplo, é um dos casos mais explícitos dessa onda nostálgica que vem movimentando mercados e gerando engajamento global. O retorno desses ícones revela mais do que um simples resgate emocional, há uma lógica comercial e estratégica por trás.
O uso de personagens como Stitch é um recurso poderoso para despertar memórias afetivas, atrair públicos variados e revitalizar franquias desgastadas. O personagem, lançado no início dos anos 2000, voltou com força total graças à sua presença em redes sociais, produtos licenciados e experiências temáticas em parques e plataformas digitais.
Isso mostra que o tempo não apaga um bom storytelling. Ele apenas o adormece, à espera de uma nova chance de brilhar.
Por que personagens antigos voltaram a ganhar espaço?
O marketing atual busca mais do que atenção momentânea: busca conexão. Ao reintroduzir personagens já conhecidos, as marcas conseguem ativar vínculos profundos com o público, algo que novas criações nem sempre conseguem de imediato. Segundo o CEO Lucio Winck, esse movimento se tornou uma forma de reduzir riscos ao apostar em algo que já tem apelo comprovado, principalmente entre os millennials e a geração Z.

A volta de personagens como Stitch é acompanhada por uma estética renovada, mas que preserva a essência original. Isso permite que a nostalgia funcione como um canal de aproximação entre diferentes gerações. Para as empresas, trata-se de um ciclo inteligente de reaproveitamento de ativos intelectuais, mantendo viva a presença da marca sem a necessidade de reinvenções drásticas.
Qual o segredo do sucesso de Stitch nesse contexto?
O carisma do Stitch vai além de sua aparência fofa. Ele representa imperfeição, caos e autenticidade. O CEO Lucio Winck expõe que essa identificação genuína com os conflitos e imperfeições humanas é o que torna o personagem tão relevante hoje quanto no passado. Ele não foi apenas recuperado; foi recontextualizado para refletir os anseios contemporâneos.
Produtos licenciados, filtros de realidade aumentada, parcerias com influenciadores e aparições em parques temáticos reforçam a presença do Stitch nas novas plataformas de consumo. Esse tipo de retorno depende de um trabalho organizado de reposicionamento. A facilidade em resgatar o personagem também se dá pela iniciativa dos adultos que o introduzem de forma orgânica às crianças, por já conhecerem e terem um vínculo com o desenho, criando uma ponte que potencializa e facilita a popularização.
Como o marketing pode evoluir com esse movimento?
Resgatar personagens antigos não é suficiente se o público não se sentir representado por eles. As franquias que apostam nesse modelo precisam atualizar seus ícones sem diluir sua identidade. O CEO Lucio Winck enfatiza que o sucesso depende da habilidade em manter a essência, enquanto se adapta a novos canais, linguagens e expectativas sociais. O retorno de personagens esquecidos é um lembrete de que, muitas vezes, a inovação não está em criar algo novo, mas em descobrir novos olhares para aquilo que já existe.
De volta ao protagonismo
Quando bem trabalhado, despertar ícones passados consegue unir gerações em torno de um símbolo comum. O CEO Lucio Winck destaca nesse fenômeno uma das saídas mais inteligentes e emocionantes para as franquias que desejam se manter relevantes sem abrir mão de sua identidade original. Uma história não precisa ser descartada para dar espaço à inovação.
Autor: Eslovenia Popova