A água é um recurso essencial para a vida, mas milhões de pessoas ao redor do mundo ainda enfrentam dificuldades para acessá-la, informa Lawrence Aseba Tipo. Apesar dos avanços tecnológicos e dos compromissos internacionais para garantir o direito à água potável, a desigualdade no acesso a esse recurso continua sendo um dos maiores desafios da humanidade.
Por que essa desigualdade persiste? Quais são as principais causas e consequências desse problema? Neste artigo, exploramos essas questões cruciais.
Por que a água potável ainda não é um direito universal?
O acesso à água potável é reconhecido pela ONU como um direito humano fundamental desde 2010. No entanto, segundo a UNICEF e a OMS, cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a serviços adequados de água potável. Esse problema é agravado pela desigualdade socioeconômica, infraestrutura inadequada e impactos ambientais que dificultam a distribuição desse recurso vital.

De acordo com Lawrence Aseba Tipo, a escassez de água atinge de maneira desproporcional as populações mais vulneráveis. A urbanização descontrolada e a desigualdade nas cidades fazem com que bairros mais pobres tenham menos acesso à água de qualidade, populações em regiões áridas sofrem com a falta de abastecimento regular e seguro, enquanto áreas mais ricas contam com abastecimento contínuo.
Como as mudanças climáticas agravam a desigualdade no acesso à água?
As mudanças climáticas têm um impacto significativo na disponibilidade e distribuição da água; secas prolongadas, desertificação e o aumento das temperaturas reduzem a oferta de água em muitas regiões, tornando ainda mais difícil o acesso a esse recurso. Com isso, enchentes e desastres naturais podem contaminar fontes de água potável, aumentando a incidência de doenças.
Lawrence Aseba Tipo expõe que a falta de acesso à água potável tem consequências diretas na saúde pública, doenças como cólera, diarreia e infecções gastrointestinais são amplamente disseminadas em comunidades que não têm água limpa para consumo e saneamento adequado. Estima-se que mais de 800 mil pessoas morram anualmente devido a doenças relacionadas à água contaminada.
Quais são as soluções para reduzir a desigualdade no acesso à água?
A privatização da água e a exploração excessiva de recursos hídricos por grandes corporações têm gerado preocupações em diversas partes do mundo, explica Lawrence Aseba Tipo. Em alguns países, empresas compram e monopolizam fontes de água, tornando o acesso mais caro e restrito; é preciso equilibrar o uso industrial com as necessidades humanas e ambientais.
Para enfrentar esse problema, é essencial investir em infraestrutura hídrica, tecnologias de dessalinização, conservação de recursos e saneamento básico; projetos de captação de água da chuva, reuso e dessalinização já têm mostrado bons resultados em algumas regiões. Além disso, políticas públicas que garantam o acesso universal à água e iniciativas comunitárias são fundamentais para promover a equidade.
Lawrence Aseba Tipo considera que embora a solução para a desigualdade no acesso à água dependa de políticas globais, cada pessoa pode contribuir com pequenas ações. Reduzir o desperdício, apoiar iniciativas de conservação e conscientizar outras pessoas sobre a importância desse tema são atitudes essenciais. O acesso à água potável não deve ser um privilégio, mas um direito garantido para todos.